O Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica (Pladapo) foi lançado, na Casa do Cerrado, com o objetivo de construir diretrizes para o aumento da produção e da oferta de alimentos saudáveis, por meio de ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica.
Construído a partir da colaboração dos órgãos que constituem a Câmara Setorial da Agroecologia e Produção Orgânica do Distrito Federal (CAO-DF), o plano foi apresentado em cumprimento à Lei distrital n° 5.801, de 2017, que visa integrar, articular e adequar planos, programas e ações de estímulo à produção orgânica e de base agroecológica.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF), Fernando Ribeiro, a proposta tem potencial para ser referência no setor. “Este é um marco para a família dos orgânicos e para a agroecologia no Brasil como um todo. Estamos criando essa semente, que com certeza vai ser replantada em todos os outros estados”, afirmou.
Na cerimônia, Avelar Alves de Neiva, presidente da CAO-DF, foi destacado como um dos pilares na elaboração do Pladapo. A colaboração entre as 14 instituições constituintes da câmara setorial foi o que tornou o lançamento possível ainda neste ano.
“Este plano passa a compor um outro ainda mais amplo, que é o Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal (PDRS), já lançado este ano. Nós estamos atendendo a uma necessidade legal, mas também instrumental para o nosso setor. O Pladapo é um estímulo para que tenhamos condições para desenvolver esse processo”, explicou Avelar Alves.
O secretário-executivo da Secretaria da Agricultura (Seagri), Luciano Mendes, também relembrou a importância do PDRS e reforçou a complementaridade dos dois projetos. “Este é um plano de toda a sociedade, e que agora vai orientar nosso planejamento. Tínhamos duas leis que nos obrigavam a fazer planejamentos, e elas culminaram na elaboração do PDRS e do Pladapo” afirmou.
“Estes dois instrumentos somados nos trazem segurança para saber qual rumo trilhar. Esta é a lição mais importante que podemos levar: que este não seja um instrumento de prateleira, mas sim um em que cada uma das instituições possa mergulhar para saber o que e como fazer”, complementou Luciano Mendes.
Para a elaboração da proposta, além de órgãos federais, foram ouvidos parceiros próximos aos produtores e à realidade do campo. “Nós, da Emater, temos a satisfação de participar tanto com as compras institucionais quanto com a assistência técnica aos produtores. Estamos em todas as partes, sempre em parceria com a Seagri”, reforçou o coordenador de Operações da Emater-DF, Pedro Ivo.