O Distrito Federal inicia nesta sexta feira (1º de julho) o vazio sanitário da soja, que se estenderá até 30 de setembro. Durante esse período, os produtores são proibidos de cultivar a espécie. Essa é uma medida obrigatória com multa que vai de R$ 15 mil a R$ 50 mil para quem descumpri-la.
A medida consiste em eliminar as plantas de soja, inclusive as decorrentes de germinação espontânea, para reduzir a proliferação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, doença que já acarretou perdas de mais de R$ 4 bilhões nas lavouras brasileiras.
O objetivo não é eliminar o fungo, mas restringir a possibilidade de incidência da doença. Com isso, o custo da produção é reduzido, visto que cai a necessidade de aplicações de fungicidas.
Para a gerente de Sanidade Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a engenheira agrônoma Marília Angarten, a importância do vazio sanitário é a prevenção, “pois ao se eliminar do campo as plantas vivas da soja, que é a principal hospedeira do fungo, é possível diminuir a quantidade de esporos”. Com isso, o cultivo posterior de soja estará menos exposto à ferrugem asiática e, como consequência, haverá a diminuição no uso de fungicida.