A água que abastece a Grande Florianópolis tem grandes quantidades de coliformes fecais e metais pesados prejudiciais à saúde. A constatação foi feita pela Vigilância Sanitária estadual. O órgão e o Ministério Público autuaram nesta terça-feira (15) a Casan (Companhia Catarinense de Água e Saneamento), responsável pela qualidade do abastecimento.
A empresa também responde a ações civis públicas federais por poluir aquíferos essenciais à população ao jogar esgoto em afluentes que desembocam nos rios de captação de água.
A Diretoria da Vigilância Sanitária Estadual apresentou o relatório de inspeção que aponta 31 irregularidades cometidas pela Casan. Foram analisadas as estações de tratamento dos rios Vargem do Braço e Cutabão, que abastecem a parte central da Ilha de Santa Catarina, o Continente e os municípios de São José, Biguaçu e Palhoça.
Segundo o relatório, as amostras coletadas não respeitam os padrões determinados por lei. Há excesso de alumínio, que pode causar doenças neurodegenerativas e câncer, e de íon fluoreto, que pode causar intoxicação aguda resultando em sintomas gastrointestinais, segundo pesquisa do ambulatório de gastroenterologista do Hospital Universitário. O fluoreto é um veneno cumulativo. Somente 50% do que é ingerido pode ser excretado pelos dos rins – o restante fica acumulado nos ossos e na hipófise, de acordo com a pesquisa.