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Águas Claras liga alerta vermelho com mortes de macacos

Carolina Paiva, Edição

Moradores de Águas Claras estão preocupados com o risco de contágio por febre amarela depois que macacos foram encontrados mortos na região nesta terça (7). Os animais estavam na piscina de uma chácara em Arniqueiras e, segundo o G1, a ocorrência é inédita.

A Diretoria de Vigilância Ambiental vai investigar o caso. Os dois primatas foram retirados da água por volta das 10h. Como o DF não tem tecnologia para testar a presença do vírus da febre amarela, amostras terão de ser enviadas a São Paulo. Não há prazo para a conclusão dos exames.

O morador que tirou os macacos da piscina, Clóvis Ramos, afirma que costumava ver macacos num pomar da chácara, mas nunca tinha visto algum deles na água. Oito pessoas moram no local, incluindo uma idosa de 75 anos e uma criança de 1 ano. Nem todos eles foram vacinados.

“O rapaz da Vigilância Ambiental disse para a gente se vacinar, e falou que uma equipe vai vir aqui inspecionar as outras casas, a mata. Pode ser que tenha mais macacos, né”, afirmou Ramos.

A presença de macacos mortos em grupo em áreas de mata é um dos principais indícios de risco de surto de febre amarela silvestre. Isso acontece porque os mosquitos Haemagogus e Sabethe podem picar os macacos infectados e transportar o vírus até humanos saudáveis, completando o ciclo. Não há como transmitir ou pegar febre amarela por contato direto com doentes.

Segundo a Secretaria de Saúde, a cada ano cerca de 50 macacos são encontrados mortos em todo o DF. Isso não significa que todos eles foram infectados pela febre amarela, mas a notificação dos casos e a testagem do vírus são compulsórias.

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