Taciturna imensidão
‘Ah!, a sociofobia, minha (talvez sua) inimiga maldita’
Publicado
emNo canto escuro, escondida e solitária,
Eu tremo, suando frio, alma aflita,
O medo me aperta, sufoca, me atrapalha,
A sociofobia, minha inimiga maldita;
Medo de ser ridicularizada, por olhos que me julgam,
Cada palavra que escapa, cada escorregadela,
As risadas imaginárias reverberam e insinuam,
E eu me encolho, envergonhada, em minha quimera;
Sudorese, gotas salgadas que traem a calma,
Minhas mãos úmidas, imagem absorta,
Como se o mundo pudesse ver através da minha alma,
E eu me escondo, retraída, como uma folha morta;
Palpitações, um tambor frenético no meu peito,
Cada batida ressoa como um grito silencioso,
A respiração entrecortada, o ar rarefeito,
Minha luta para manter a paz, é um esforço doloroso;
Minhas pernas vacilam e tremem como galhos frágeis,
A voz trêmula, as palavras tropeçando,
Eu desejo ser invisível, desaparecer no ar,
Mas sou apenas um fantasma, uma canoa no oceano;
As sílabas se embaraçam, me dificultando de falar,
As frases se desfazem, como linhas desfiadas,
Eu gaguejo, tropeço, tentando me expressar,
Mas as palavras fogem, como seriemas assustadas;
Náuseas, um turbilhão no meu estômago,
O mundo gira, as cores se misturam em fusão,
Eu me seguro, lutando contra o vômito,
Mas a ansiedade é implacável, como um furacão;
Assim é a minha luta, um enredo de tormento,
Onde cada passo é uma batalha, cada olhar um julgamento,
E no silêncio, a alma triste, lamenta e chora,
Nessa fobia social, uma prisão sem aurora.