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Aids equina faz mais estragos e mata 40 animais no interior de São Paulo

Pelo menos 40 cavalos tiveram de ser sacrificados na região de Marília, interior de São Paulo, por terem contraído anemia infecciosa equina. Doze fazendas e haras estavam interditados nesta terça-feira, 30, em pelo menos três municípios da região. A doença, conhecida como a “Aids equina” por ser causada por um vírus ‘parente’ do HIV, não tem cura e é facilmente transmissível. Normas do sistema de defesa agropecuária determinam o isolamento e abate do animal em caso de diagnóstico positivo.

Até a noite desta terça-feira, as exposições e leilões não tinham sido suspensas, mas a defesa sanitária exige exames para o trânsito de equinos e muares. São Paulo tem o terceiro maior rebanho de equinos do País, com cerca de 1,2 milhão de cabeças.

A doença é transmitida por agulhas infectadas, picadas de insetos, esporas ou através do sangue contaminado, mas não oferece risco para outros animais, além dos equídeos, incluindo jumentos e mulas. Também não é transmitida para o homem. Os cavalos infectados apresentam febre alta, pontos de sangue sob a língua, anemia, perda de apetite e hemorragia nasal.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo informou que os técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária realizam trabalho de campo para levantar a extensão do problema. A Secretaria deve emitir recomendações sobre a doença nesta quarta-feira, 1º.

A doença já ocorre em outros Estados: o Jockey Clube do Espírito Santo, em Vila Velha (ES), está interditado desde o dia 14 de maio, após um dos cavalos do local ter sido diagnosticado com anemia infecciosa equina. Provas de hipismo foram suspensas. A interdição vigora até meados de julho, se não ocorrerem novos casos.

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