Eles foram rápidos. Na manhã desta segunda-feira, um dia depois da realização de diversas manifestações ao redor do País contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), líderes dos coletivos articuladores dos atos se reuniram e marcaram data para uma nova onda de protestos: 12 de abril. O evento foi divulgado nas redes sociais do Movimento Brasil Livre e já começou a receber confirmações de presença.
“Nós esperávamos uma adesão muito grande neste domingo, mas eu, particularmente, não esperava tantas pessoas assim. Era muita gente, especialmente em São Paulo. Nós contratamos um técnico da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] para ficar em cima de um prédio na Avenida Paulista e fazer o cálculo de quantas pessoas havia por lá. Ele chegou em 1,5 milhões por volta das 15h50”, disse Marcello Reis, porta-voz do Revoltados Online, outro grupo da organização. “E a tendência agora é aumentar”, completou. Ele ressaltou também que a data inicial para os novos protestos ainda pode ser alterada.
Alguns internautas, ao se depararem com a data marcada para as novas manifestações, reclamaram do intervalo, supostamente longo, entre elas. Para Reis, no entanto, esse tempo é necessário.
“Durante esse período de um mês, devem acontecer novos escândalos no governo. Isso faz aumentar a revolta dos brasileiros. Faz mais gente aparecer. Sem contar que, quando você faz um evento dessa magnitude, as coisas ficam mais detalhadas e consomem muito seu tempo. Temos que fazer vistoria nos oito caminhões e nos organizarmos para cuidar da segurança dos participantes, por exemplo”, contou.