José Escarlate
Certa noite, na casa do George Gazele, onde se sentia à vontade, Figueiredo revelou o seu encontro com o ex-presidente Ernesto Geisel sobre o caso Riocentro. Foi nas Bodas de Ouro do general Garrastazu Médici.
“Ele sentou-se ao meu lado e disse que eu tinha que apurar o caso Riocentro.
“Não tenho não” – respondi. “Não sou Justiça. Eu sou Executivo. Quem vai apurar é a Justiça.’ ‘Mas tem de punir’ – insistiu Geisel.
“Quem vai punir é a Justiça também” – falei.
“Como eu estava meio azedo com uns comentários feitos por ele para amigos nossos, contestei: “Não vou fazer como o senhor fez com o general D’Ávilla Mello. Achei uma barbaridade, porque duvido que o D’Ávilla Mello estivesse metido naquela história”.
