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Alckmin diz que estudos incluem usar água do mar

O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, durante evento realizado em Santos, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (6), que o governo estuda a possibilidade de abastecer cidades afetadas pela crise hídrica com água do mar. Alckmin, porém, não se mostrou esperançoso ao abordar o tema já que, segundo ele, o custo para a operação seria muito alto.

Questionado sobre o problema do desabastecimento que afeta dezenas de cidades do estado, o tucano falou sobre as chances de uma usina de dessalinização e filtragem ser utilizada para abastecer as cidades. Segundo o governador, essa é uma opção muito complexa. “Já fizemos um estudo sobre o assunto. Temos um custo para tirar o sal da água e o custo em energia. Você tem que pegar essa água no litoral e levar tudo isso cerca de 700 metros para cima. Estamos estudando todas as hipóteses”, afirma.

De acordo com o governador, outro processo em estudo seria o da retirada de água do Aquífero Guarani, um dos maiores mananciais de água doce do mundo. Segundo Alckmin, mesmo abrangendo parte de São Paulo, além de países como Paraguai e Argentina, não seria possível usar essa água na metrópole. “No caso de São Paulo, ele começa a partir de Botucatu, já no Oeste do Estado e, se fizer um poço, teremos vários ‘Guarani’, ‘Ribeirão’ e ‘Araçatuba’. Uma opção seria tirar e trazer para São Paulo, mas acho que é melhor passar essa água para a região de Campinas, Piracicaba e Jundiaí, assim aliviaria o Cantareira”, explicou.

Alckmin aproveitou o evento para elogiar o pronunciamento do presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, que disse ser favorável a um sistema interligado entre represas. “Eu fiquei feliz quando ele falou que é favorável a interligação das represas do Atibainha com Jaguarí, porque conseguiríamos dobrar a capacidade de reserva de 1 bilhão para 2,1 bilhões de litros de água. É bom para São Paulo e bom para o Rio de Janeiro”, destacou.

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