O governador de São Paulo e candidato à reeleição pelo PSDB Geraldo Alckmin afirmou, nesta terça-feira, que não pretende entrar na Justiça pela água do rio Jaguari, que teve sua vazão reduzida por conta da falta de água no Estado paulista, afetando a bacia do rio Paraíba do Sul e prejudicando hidrelétricas do Rio de Janeiro.
Segundo o jornal O Globo, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo afirmou que havia possibilidade de mover uma ação na Justiça, porém a informação foi negada pelo governador, que pediu apenas que se cumpra a lei.
“Nossa disposição é sempre de colaborar. Nós não reduzimos. A vazão do Jaguari vinha como estabeleceu o operador, com 10 metros cúbicos por segundo. De repente, de um dia para o outro, passou para 42 metros cúbicos por segundo e isso podia levar ao colapso. Queremos que se cumpra a lei, que é muito clara. Primeiro é para o abastecimento humano, depois de animais e depois as demais utilidades do sistema hídrico. Nossa disposição é o diálogo. Entendemos que não é necessário entrar na Justiça. Não precisa disso para aplicar a lei e temos um bom diálogo com os órgãos do governo federal”, afirmou Alckmin.
Questionado sobre seus adversários na corrida pelo governo do Estado, que fazem piadas e criticam com frequência a crise hídrica em São Paulo, Alckmin disse que o assunto é muito sério para se fazer piadas.
“Estamos numa seca que é a maior do último século, não só aqui, mas no Chile, Califórnia e em outros lugares do mundo. Estamos garantindo o abastecimento para 22 milhões de pessoas a 700 metros de altitude”, respondeu o candidato.
Na manhã desta terça-feira, o tucano assinou o decreto de uma nova etapa do chamado Detecta, com uma nova tecnologia inteligente de monitoramento de crimes. O sistema, idealizado em parceria com a Microsoft, é o mesmo usado pela polícia de Nova York. Segundo Alckmin, o sistema ajudará no patrulhamento, investigação, planejamento de combate a crimes e identificação dos patrões de delitos em cada localidade.