Pressionado na base aliada para escolher um candidato à sua sucessão no governo do Estado, Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira, 30, que essa decisão não está relacionada ao cenário nacional. “Não depende uma coisa da outra”, afirmou. O cargo está sob disputa de tucanos e do vice-governador, Márcio França (PSB), que ajuda Alckmin em conversas com a legenda no plano nacional.
Uma ala do PSB prepara uma ofensiva para viabilizar a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à Presidência. Questionado se apoiaria um candidato tucano, caso o PSB lançasse o ministro relator do mensalão, Alckmin disse que “essa é uma decisão do Estado, independe da questão nacional”.
O governador também negou que a disputa pelo governo do Estado possa prejudicar seus planos ao Palácio do Planalto. “São coisas completamente distintas”, afirmou, em evento na Secretaria de Fazenda.
Dentre os tucanos, há ao menos quatro interessados na sucessão de Alckmin, dentre eles o prefeito João Doria. Apesar de negar publicamente, ele negocia nos bastidores sua candidatura e deputados estaduais já declararam apoio a ele.
“O que nós dissemos é o seguinte, se a base, que nos elegeu governador, elegeu João Doria prefeito de São Paulo puder ter um candidato só, ótimo. Se não, se tiver mais de um, não tem problema, pode ter dois, pode ter três. Mas essa será uma decisão Estadual”, disse Alckmin.
França, por outro lado, já lançou sua pré-candidatura e vem anunciando apoio de partidos médios e pequenos, como SD. O apoio do PSB à candidatura de Alckmin ajudaria o governador no Nordeste, onde não tem base eleitoral.