Salvador
‘Alegria, Alegria’ mostra que Gal Costa ficou para a eternidade
Publicado
emEm uma noite de celebração e memória, Caetano Veloso e Maria Bethânia subiram ao palco em Salvador no sábado, 30, para homenagear Gal Costa, uma das vozes mais marcantes da música brasileira. O espetáculo, que reuniu fãs fervorosos e emocionados, foi mais do que um show; foi um ritual de saudade, gratidão e arte.
O local – a Arena Finte Nova – estava lotado, com uma atmosfera que oscilava entre a melancolia da perda e a alegria de celebrar um legado tão vibrante. O cenário, simples mas carregado de simbolismos, incluía imagens desenhadas por Gal Costa em diferentes fases de sua carreira. Cada fotografia parecia contar uma história de inovação, coragem e amor pela artista.
Bethânia, com sua voz única e intensidade dramática, interpretada clássica como “Baby”e “Força Estranha”, “Divino Maravilhoso” e “Coração Vagabundo”.
Entre uma canção e outra, ambos compartilham histórias e memórias pessoais. Bethânia relembrou momentos em Santo Amaro, cidade natal do trio, enquanto Caetano falava do impacto transformador que Gal teve na música e na vida cultural do Brasil. As palavras foram entremeadas por aplausos calorosos e, em alguns momentos, lágrimas na plateia.
O ponto alto da noite foi quando ambos se uniram para cantar “Meu Nome é Gal” . O dueto foi emocionante, uma espécie de despedida e celebrada ao mesmo tempo. O público, de pé, cantava junto, criando um coro que reverberava pelo teatro e, talvez, pelo coração de quem sentia falta de Gal.
A noite terminou com um bis cheio de emoção, com a música “Volta”, numa interpretação tão visceral que parecia pedir à própria Gal que continuasse viva em cada nota, em cada acorde. No final, não restaram dúvidas: enquanto houver música, Gal Costa será eterna.