Ou o teu silêncio
Alegria e cólera se misturam na escalada da montanha da perdição
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emTeu frêmito divagando proporcionalmente em um quilômetro por hora.
Teu silêncio rebenta costa-dentro; como se, luzindo, velejasse o mar das minhas esperanças; como se escalasse as montanhas da perdição.
Este é o fim, não há nada além de névoa e trevas, matéria escura e gritos de crianças perdidas. Este é o fim de algo que nunca começou, mas também o começo de algo que nunca irá terminar e sim, como uma metamorfose, flutuará para dentro dos meus poemas, pungentes.
As loucuras das casas que ardem de saudade; a vida que nos deixa a cada suspiro; a poesia que substitui o revólver.
Tua constante intermitência me aflige, agressiva. E como um soldado ferido por uma bala voraz, eu sangro pela boca, o sangue toma forma e,rígido, se transmuta em palavras; palavras estas, com agorafobia.
Tombo, deste para outro mundo. E meu lar é agora o assovio dos pássaros, que convergem em direções opostas, para acabar com a palavra, e recriar as velas que incendeiam um abismo profuso, como um chão a ceder; em pé, só.