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Caminhão assassino

Alemanha prende suspeito errado e entra em alerta

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Autoridades alemãs disseram nesta terça-feira que a polícia não tem certeza se o suspeito detido após o atentado terrorista que matou 12 pessoas e feriu outras 48 em um mercado de Natal de Berlim é mesmo o responsável pelo ataque.

Mais cedo, o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, confirmou os relatos de que o suspeito de dirigir o caminhão que avançou sobre a multidão era provavelmente um refugiado de origem paquistanesa.

Sem dizer o seu nome, ele disse que o suspeito chegou à Alemanha em dezembro do ano passado e, em fevereiro, a Berlim. Ele chegou a se registrar para pedir abrigo no país, mas o processo não chegou a ser completado, segundo o ministro.

— Nós temos que nos acostumar à ideia de que ele pode não ter cometido o ataque — disse o chefe da Procuradoria federal alemã, Peter Frank, acrescentando que a expectativa é que, até a noite desta terça-feira, fique claro se o suspeito detido é ou não o responsável pelo crime.

As dúvidas sobre o suspeito — que foi detido a dois quilômetros de distância do local do ataque, após ter supostamente fugido —, geram um alerta para os moradores de Berlim. O verdadeiro terrorista ainda poderia estar à solta. A polícia pede que quem estava no mercado de Natal ofereça depoimentos, imagens e vídeos para ajudar na investigação. O suspeito detido foi submetido a interrogatório nesta terça-feira e negou as acusações.

Segundo o jornal alemão “Die Welt”, fontes de segurança confirmaram as dúvidas sobre o suposto motorista com ainda mais veemência:

— Temos o homem errado — disse um chefe da polícia sênior, de acordo com o jornal. — Logo, uma nova situação. O verdadeiro autor ainda está armado, foragido e pode causar novos danos.

De acordo com o jornal alemão “Bild”, o o suspeito detido tem 23 anos e foi identificado como Naved B. O jovem, de origem paquistanesa, teria chegado à Alemanha há cerca de um ano pela rota dos Bálcãs. Ele não estava na mira de forças de segurança por atividades suspeitas ou possíveis conexões extremistas. Um jornalista do “Guardian” entrevistou um refugiado que conheceu Naved B no centro de abrigo de Tempelhof. Mohammed Jankhan, de 23 anos, disse: “Ele era apenas um cara normal”.

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