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Alerta aos pais. Obesidade cresce com força e prejudica desenvolvimento das crianças

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Mesmo diante da busca por uma alimentação cada vez mais saudável e do acesso maior à informação, as crianças parecem ainda não ter alcançado esse ideal e vivem à margem da situação. Prova disso é que em apenas 15 anos, o número de casos registrados por obesidade infantil aumentou em 10 milhões de crianças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Embora as escolas tenham buscado adotar o comércio de alimentos mais saudáveis em suas lanchonetes, ainda assim é muito comum encontrar salgados, frituras, sucos de caixinha, refrigerantes e guloseimas variadas à venda e à disposição dos pequenos.

A endocrinologista Cristina Blankenburg, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, comenta que o papel dos pais e das escolas é primordial na regulagem desta alimentação. “Geralmente os pais não colocam lanches saudáveis para criança, usam a correria do dia a dia como desculpa para inserir produtos industrializados nas lancheiras”, comenta.

A especialista acrescenta que a culpa não deve ficar a cargo somente das escolas. Com o avanço das tecnologias, alguns produtos apareceram para mascarar vários alimentos industrializados. É o caso das famosas fritadeiras a ar. “Muitos a usam para fritar alimentos pensando estar ingerindo algo mais saudável. Mas os congelados, por exemplo, já são embalados pré-fritos e riquíssimos em gordura. Não adianta muita coisa”, alerta.

De acordo com a doutora Cristina, os industrializados têm sido prioritários na vida das crianças e adolescentes, mas a falta da prática de exercícios também contribui drasticamente para os índices de obesidade.

“Além da má alimentação, os pequenos estão cada vez mais dedicados aos videogames e eletrônicos. Estão a cada dia mais enfurnados em casa e isso é crucial para a prática de maus hábitos, principalmente os alimentares. Não há a necessidade de cortar toda e qualquer guloseima, basta apenas dosar e colocá-los em alguma atividade física”, explica a endocrinologista.

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