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Aliança Lula-Alckmin pode dar n’água antes da subida ao altar

O imbróglio em que está se transformando a eventual aliança Lula-Alckmin para a corrida presidencial do próximo ano, ainda pode render mais confusão. A título de recordação, vale lembrar as articulações entre petistas e socialistas no pleito de 2018.

Naquele ano, por exemplo, em Pernambuco, terra do ex-presidente, as conversas entre PT e PSB (este, prestes a receber Geraldo Alckmin em suas fileiras), beneficiaram o PSB, jogando para escanteio a candidatura de Marília Arraes, do PT, então franca favorita para ocupar o Campo das Princesas. O acordo era para reeleger, como de fato aconteceu, Paulo Câmara.

Fechado o acordo, Marília se elegeu deputada federal. Em contrapartida, o PSB apoiou o PT em alguns estados, principalmente em Minas Gerais, onde Dilma Rousseff foi candidata ao Senado e perdeu.

Ficou definido também, à época, um acordo de apoio do PT aos candidatos do PSB no Amazonas, Amapá e Paraíba – além de Pernambuco. O pacto barrou uma incipiente conversa com Ciro Gomes, do PDT, que também pretendia chegar à Presidência da República. Nessa confusão toda, quem saiu no lucro, e vitorioso, foi Jair Bolsonaro.

Pelo visto, agora com Lula no comando de novo, os egos voltaram a ser inflados na esquerda. A sorte, aconteça o que acontecer, é que o capitão está com uma desaprovação de 65% do seu governo, respeitadas as últimas pesquisas de opinião.

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