O imbróglio criado com a ameaça de Jofran Frejat (PR) de não concorrer ao Palácio do Buriti (ao menos em uma aliança onde José Roberto Arruda e Tadeu Filippelli ditem as normas), vai ter novos lances à medida que se aproximam as convenções partidárias.
Em busca de alianças concretas, as Executivas dos paridos, a nível nacional, estão de olho no que acontece em Brasília. E tudo do que já foi dito e combinado pode ir para o ralo.
Expressões políticas afirmam que o importante é o Palácio do Planalto. E em nome desse objetivo, as coligações podem mudar.
Uma olhada superficial no que se passa entre os presidenciáveis, indica que as conversas caminham na seguinte direção para os principais candidatos, segundo revela o jornal O Estado de S.Paulo:
Jair Bolsonaro (PSL) – Chances de atrair o PR. Vai levar, informalmente, dissidentes do MDB, PP, PRB e até PSDB. Em Brasília ele apoia o general Paulo Chagas (PRP), que começa a juntar casos de implosões pontuais.
Marina Silva (Rede) – Isolada, a ex-ministra do Meio Ambiente no primeiro governo Lula tenta atrair o Pros, comandado por Eliana Pedrosa. Se o acordo vingar, o deputado Chico Leite cai no colo da ex-distrital.
Ciro Gomes (PDT) – Tem a simpatia da maioria do PSB e tenta atrair o apoio de representantes do Centrão (em especial PP e PTB). Rodrigo Rollemberg deve garantir a ele um palanque em Brasília, mas quer levar Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa, a tira-colo.
Geraldo Alckmin (PSDB) – O tucano já fechou com com PSD, PTB e PPS. Pode levar o pacote do Centrão e também o Podemos. Cristovam Buarque e Rogério Rosso devem ir junto. Mas não devem apoiar Izalci Lucas ao Buriti.
Álvaro Dias (Podemos) – Conversa com o PSDB em torno de abrir mão da candidatura.
Henrique Meirelles (MDB) – Tenta atrair PRB e PTB.
PT – Os petistas insistem na candidatura de Lula que está preso e inelegível. Mas negociam com PSB e podem atrair Manuela D’ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol). É a maior salada a ser degustada. De repente um candidato de esquerda se viabiliza em Brasília.