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Alonso, o preferido; Luduvice, o ex; Tadeu, o condenado. Quem vai presidir o Confea?

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Engenheiros e agrônomos de todo o País vão às urnas nesta quarta-feira 19 para eleger os novos dirigentes das entidades de classe das categorias a níveis nacional e estadual. Para a presidência do Confea – Conselho Federal e Engenharia e Agronomia concorrem três chapas; nos estados, a disputa pelos Crea’s é mais pulverizada.

Apenas no Rio de Janeiro a eleição será mais para a frente.É que os atuais dirigentes tanto manobraram para evitar concorrência eleitoral, que o caso parou na Justiça. A oposição recorreu contra casuísmos e ganhou a briga. Mas como não houve tempo para a impressão das cédulas, será dado tempo ao tempo.

Afora a questão carioca, o terreno está preparado para que engenheiros e agrônomos resgatem a imagem do seu Conselho Federal, torpedeada ao longo da atual gestão. E o presidente do Conselho Federal José Tadeu da Silva, já sabe agora, perfeitamente, o significado da palavra xabú.

Objetivamente, xabú é algo que não deu certo. O termo pode se referir a uma bomba que não explodiu. Falhou. Assim terminou a tentativa  de José Tadeu de implodir as chapas concorrentes para as eleições do novo comando da categoria nesta quarta-feira.

Infelicidade para ele que terá adversários no pleito. Não era isso que ele queria. Como foi fartamente documentado por Notibras, José Tadeu usou de seu poder enquanto presidente da entidade para manipular. Colocou pessoas de sua confiança como conselheiros. Nomeou advogados para assessoria que ditavam o que era certo ou errado, segundo sua conveniência.

Tinha como objetivo estender a todo custo sua teia de influência no Confea, que movimenta cerca de 1 bilhão de reais por ano. Como também documentado por Notibras, José Tadeu pagou viagens para o exterior a amigos conselheiros. Distribuiu diárias robustas para engenheiros chegados. E amargou muitos processos (e condenações) na Justiça Federal.

Mas agora um batalhão de aproximadamente 80 mil engenheiros de todo o Brasil tem a chance de limar José Tadeu do poder. Duas, das três chapas que ele tentou derrubar estarão como opções na cédula de votação.

Entre elas, a do engenheiro José Eduardo de Paula Alonso, ex-presidente do Conselho Regional de São Paulo. Advogados que acompanham diariamente o Confea, apontam ele como franco favorito. Principalmente por ter presidido o Conselho paulista, considerado o mais forte. Além do próprio estado, Alonso pode contabilizar votos de mais seis unidades da Federação.

Completa o quadro da disputa, Henrique Luduvice. Este é outro que impõe medo a José Tadeu. E tem motivos. Luduvice já passou pela presidência do Confea, além de ter sido do primeiro escalão do Governo do Distrito Federal anos atrás.

Não será por falta de opção que os engenheiros brasileiros escolherão seu novo representante. Se tudo correr de forma transparente como manda o figurino, José Tadeu sairá do Confea direto para o banco dos réus.

Elton Santos

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