O comitê financeiro da campanha do governador eleito de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) pagou à Gráfica e Editora Brasil, de Brasília, R$ 740 mil, por serviços de material impresso. Os dados constam da segunda prestação do candidato, divulgada em agosto. Pimentel, como venceu as eleições no primeiro turno, tem prazo até 4 de novembro para finalizar suas contas de campanha.
A gráfica pertence ao petista Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, detido pela PF (Polícia Federal) na terça-feira (7), na capital federal, após ter embarcado em Belo Horizonte, com R$ 116 mil em dinheiro, em uma mala. Junto com ele estava o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombieres Moreira, que deixou o cargo em julho para atuar na campanha de Pimentel ao governo de Minas Gerais.
Oliveira Neto ficou conhecido na campanha presidencial de 2010 por bancar aluguéis de imóvel na capital federal que serviu de comitê eleitoral da então candidata petista Dilma Rousseff.
No comitê, membros de um grupo que operava na clandestinidade na campanha de Rousseff teriam produzido dossiês contra o então candidato do PSDB à Presidência José Serra – eleito senador por São Paulo, no último domingo (5). Denunciados, eles foram classificados de “aloprados” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.