A política monetária do Banco Central de deixar o dólar flutuando ao seu bel prazer está trazendo consequências drásticas aos pobres mortais. Como os motoristas, que amargam aumentos sucessivos no preço da gasolina. Nesta quarta (27), por exemplo, a Petrobras reajustou o preço do litro em 4%. É o segundo aumento em oito dias.
Na refinaria, o preço é o mais alto desde maio. E logo o reajuste chegará às bombas. O repasse de ajustes de valores nas refinarias aos consumidores finais nos postos depende de diversos fatores, como margens de revendedoras e distribuidoras, misturas de biocombustíveis e impostos.
O último reajuste tinha sido feito no dia 19, quando o preço da gasolina foi elevado em 2,8%, após mais de 50 dias sem alterações no preço. Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,63%, a R$ 4,2394, renovando máxima nominal. Com a disparada dos últimos dias, a moeda dos EUA acumula alta de 5,73% ante o real na parcial do mês. No ano, o avanço é de 9,43% frente ao real.