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Alto lá, garoto mimado. Brasil não é quintal para fascista brincar

Brasília acordou neste sábado, 15, com um evento inusitado, com o magnata sul-africano naturalizado americano Elon Musk resolveu meter o bedelho na política brasileira. Emprestou, via seu X, sinônimo de ‘xacota’, apoio a supostos movimentos de extrema-direita que pedem o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva. Se alguém ainda duvidava que o bilionário tem um déficit severo de noção, eis aí a prova definitiva.

É claro que Musk é um homem rico. Mas dinheiro nenhum do mundo compra o Brasil, muito menos a consciência da brava gente brasileira, que já viu muitos aventureiros tentarem ditar nosso destino. A postura errática e patética do dono da Tesla e da SpaceX sugere que ele anda com dificuldades para pilotar até mesmo suas próprias empresas, quanto mais um debate político a milhares de quilômetros de distância.

Talvez seja o caso de alguém soprar no ouvido desse menino de berço rico metido a besta que ele deveria concentrar suas energias em resolver os problemas que pululam nos Estados Unidos. Afinal, o império americano já dá sinais de desgaste, e se Musk continuar brincando de justiceiro internacional, pode acabar vendo tudo virar pó – assim como algumas de suas naves e veículos que insistem em explodir sem aviso prévio.

O Brasil, diferentemente do que Musk parece acreditar, não é quintal de bilionário entediado. O país tem relações sólidas com parceiros sérios, como Rússia e China, e não precisa de um messias tecnológico desavisado querendo dar lições de soberania. Se quer influenciar a política, que tente primeiro pilotar um carro da Tesla sem que o sistema o mande para o espaço. Por enquanto, aqui seguimos, firmes e fortes, sem necessidade de tutores estrangeiros com crises de grandeza.

Para completar o cenário, vale lembrar que a Justiça brasileira recentemente determinou o bloqueio do X (antigo Twitter) em território nacional, o que acirrou ainda mais os ânimos entre Musk e as autoridades brasileiras. Suas constantes desavenças com o ministro do Supremo Alexandre de Moraes não apenas inflamam a crise diplomática, mas também expõem a falta de tato do pobre menino rico ao lidar com um sistema jurídico que não se curva a caprichos bilionários.

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