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Cidadania

Alunos da rede pública têm aula de ocupação do solo e descarte de lixo

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Rafael Secunho/Via Agência Brasília - Foto Divulgação

Com cerca de 5 mil alunos já atendidos na rede pública, o programa DF Legal nas Escolas será retomado em 2023 para promover cidadania e noções de como preservar a ordem urbanística do Distrito Federal. Depois de atender alunos dos 6º e 7º anos do ensino fundamental com palestras e dinâmicas em grupo, agora a iniciativa será expandida para orientar estudantes dos 8º e 9º anos e também do ensino médio.

As aulas são ministradas por auditores e inspetores da Secretaria DF Legal que orientam sobre temas como descarte de resíduos, ocupação irregular do solo e edificações irregulares. Uma portaria assinada no final de novembro permitiu a retomada do programa, após um longo período de pandemia.

“Ficamos encantados com o DF Legal nas Escolas, já que desperta a consciência dos alunos desde cedo sobre como cuidar da nossa cidade”, aponta a diretora da Escola Classe 55 de Ceilândia, Françoise Bernardes. A comunidade escolar assistiu às palestras em 2020. “Percebemos que os meninos logo começaram a ‘fiscalizar’ o lixo na nossa cidade, a discutir o assunto em sala de aula. Foi muito positivo.”

Coordenador do DF Legal nas Escolas desde 2019, o diretor de Planejamento, Valorização do Servidor da pasta, Luciano Silvestre, frisa que esta “é uma forma de promover a educação fiscal nas ações da secretaria, se mostrando como um braço educacional junto à população do DF”. Por meio do programa, estudantes são informados sobre ações de fiscalização relacionadas à cidade onde o aluno mora.

“Por exemplo, em Ceilândia falamos da fiscalização de resíduos sólidos, já que é uma área onde ainda são encontrados lixões. No Sol Nascente, trabalhamos a questão da ocupação irregular. Isso tudo pelo lado educativo”, explica Silvestre. “Queremos mostrar que não basta o DF Legal multar um infrator ou outros órgãos recolherem o lixo. A ideia é que não se polua mais as cidades e que se aprenda isso desde cedo.”

Ao final dos ensinamentos, os alunos ganham um simbólico crachá de fiscal-mirim e levam sacolas de lixo para casa, fortalecendo a lógica de que a educação faz muito mais efeito do que a punição.

“Vejo essa parceria como uma forma de incentivar e esclarecer a importância de se manter uma cidade limpa e organizada. Estamos formando estudantes para serem exemplos de cidadãos e, dessa forma, zelar pela nossa cidade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

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