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Alunos da UERJ fazem ato contra atraso de salário de terceirizados

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Os atrasos no repasse de pagamento aos funcionários terceirizados pelo governo do estado do Rio de Janeiro vêm prejudicando universidades e hospitais fluminenses. Na tarde de hoje (13), alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) fizeram um ato para protestar contra a situação precária de limpeza do campus da universidade.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio, o problema no pagamento dos funcionários também coloca em risco a salubridade de 20 hospitais fluminenses.

Aluna do curso de geografia na Uerj, Isabela Ferraz relatou que há lixo espalhado por toda a universidade e os banheiros estão insalubres. “Não dá para passar nem perto da porta dos banheiros, está um cheiro horrível. E se você precisa muito ir, encontra lá dentro uma ‘montanha’ de papeis sujos.

Também aluno de geografia, Paulo Victor Silva conta que os alunos estão arrecadando cestas básicas para ajudar os funcionários da limpeza, que estão com salários atrasados por dois meses.

“Desde dezembro essa situação vem ocorrendo na Uerj. Não é a primeira vez que os banheiros estão sujos e que também arrecadamos alimentos. Uma professora, que tem 32 anos de Uerj, disse que essa é a pior crise que já teve aqui.

O Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense, recebe desde a última segunda-feira (11) apoio emergencial da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que já retirou cerca de 2 toneladas de lixo. No final de semana, médicos e enfermeiros também fizeram um mutirão de limpeza no hospital para evitar situações ainda mais insalubres. Depois de três meses sem remuneração, as empresas que prestam serviço de limpeza nos hospitais estaduais receberam pagamento ontem (12), informou a Secretaria de Estado de Saúde.

A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio afirmou, em nota, que vai regularizar “em breve” os pagamentos dos funcionários terceirizados que ainda estão sem receber, mas não adiantou a data. “Os atuais débitos do Estado com seus fornecedores refletem uma situação econômica extremamente difícil para o país e, especialmente, para o estado do Rio. A queda nos preços do barril de petróleo, a desaceleração do crescimento no Brasil e a crise da Petrobras representaram uma deterioração muito rápida do cenário econômico”.

O órgão também destacou, na nota, que 80% das atividades da Petrobras estão localizadas no estado do Rio. “Isso gera efeitos diretos e indiretos sobre a economia fluminense. Diversas providências estão sendo tomadas para equacionar o problema de caixa, como a utilização dos depósitos judiciais, redução de despesas, diversas iniciativas de esforço de aumento de arrecadação e negociações com grandes contribuintes que têm débitos com a receita estadual.”

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