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Alvo da PF, Belmonte é vítima de politicagem

O empresário e advogado Luiz Felipe Belmonte reagiu com energia à ‘visita’ que recebeu na manhã desta terça, 16, de agentes da Polícia Federal, numa ação de ‘cerco’ a supostos financiadores de ações contra as instituições democráticas, a exemplo do Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. A operação da PF foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator, no STF, do inquérito das fake news.

Colocar o advogado no rol de suspeitos, segundo interpretação de seus amigos próximos, foi um equívoco. Até porque, revelam, Belmonte, marido da deputada Paula Belmonte, do Cidadania (partido que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro) é conhecido por sua intransigente defesa da democracia, não cabendo, consequentemente, levantar-se contra ele a suspeita de fazer o papel de crítico ou ofensor das regras constitucionais.

No meio político comentou-se que o mandado de busca e apreensão de seus celulares e computadores foi fruto de supostas intrigas na tentativa de lançar nuvens negras na desenvoltura não apenas de Luiz Felipe Belmonte, como também de sua esposa, uma deputada que, aos olhos de todos, vem ganhando cada vez mais espaço por sua atuação como parlamentar.

Outra suspeita é a de que tentam jogar nódoa no futuro político do casal Belmonte. Além de ser suplente do senador Izalci Lucas (PSDB), o advogado é vice-presidente do Aliança pelo Brasil, partido em formação que visa abrigar os descontentes do PSL e de outras legendas de centro-direita. Assim, supõe-se, uma ação da PF nesses moldes visaria as urnas de 2022, uma vez que tanto Luiz Felipe, como Paula, despontam cada vez mais aos olhos da sociedade como pessoas comprometidas com o futuro de Brasília.

Democracia nas veias – Em nota assinada de próprio punho, o advogado, depois de lembrar a ‘perplexidade’ da ação, afirmou que em seus mais de 40 anos de atuação no campo do Direito sempre pautou a sua atuação pelo respeito às instituições e pela estabilidade democrática. “Jamais estimulei, financiei ou participei de atos com o objetivo de derrubar ou mesmo afrontar o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional ou qualquer outra instituição da República”.

Belmonte acrescenta no texto que estranhou o fato de os agentes da Polícia Federal não terem aguardado a chegada de um representante da OAB, mesmo ele tendo informado aos policiais federais que a busca e apreensão estava sendo feita em seu ambiente de trabalho.

“Confio nas instituições democráticas e tenho certeza que o STF, ao tomar conhecimento dessa flagrante violação de garantia constitucional, tomará as providências cabíveis para corrigir essa ilegalidade e impedir que outras parecidas aconteçam. Além disso, já me coloquei, e sempre estarei, à disposição das autoridades investigativas para esclarecer qualquer fato referente a esse episódio”, pontua o advogado.

 

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