Diferente do que o governo norte-americano fez parecer, o porta-aviões Carl Vinson não foi para a península coreana em 8 de abril e não esteve perto do país em 12 de abril, quando o presidente Donald Trump disse que estava “enviando uma armada” e ameaçou atacar caso a Coreia do Norte executasse um teste com mísseis nucleares.
Segundo constataram os jornais “The New York Times” e “The Washington Post”, na verdade o Carl Vinson e outros quatro navios de guerra que o acompanham navegaram na direção oposta ao partir de Singapura no dia 8. No último fim de semana eles se encaminhavam para participar de exercícios conjuntos com a Marinha Australiana no Oceano Índico, a mais de 5.600 km a sudoeste da península coreana.
A localização foi confirmada porque, no sábado (15), a Marinha dos EUA divulgou uma foto oficial do Carl Vinson no Estreito de Sunda, informando que ele estava em sua rota para participar dos exercícios previamente agendados. Ao anunciar a ida à Coreia, os EUA afirmaram que a viagem à Austrália tinha sido cancelada.
De acordo com o “Washington Post”, na segunda-feira (17), o porta-voz da Frota do Pacífico, comandante Clayton Doss, disse apenas que o USS Carl Vinson e os navios que o acompanham estavam “transitando pelo Pacífico Ocidental”. Ele se recusou a fornecer uma localização precisa, mas descartou que eles estivessem nas águas ao redor da Coreia do Sul ou do Japão.
De qualquer forma, a frota tem uma viagem para a Coreia do Sul programa ainda para o mês de abril. A chegada está prevista para o dia 25, e segundo o jornal sul-coreano “The Korea Herald” os navios devem participar de uma simulação da marinha local em reação a um ataque da Coreia do Norte. Militares norte-americanos ouvidos pela CNN também afirmam que o Carl Vinson e seus acompanhantes devem chegar à península coreana no final de abril, sem informar quais serão suas atividades na região.