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‘Ansiedade, depressão, tantos nomes… são batalhas internas, infames’

No silêncio que dói, no olhar de julgamento,
A mente se abriga, mas a sociedade eleva o tormento,
Doenças invisíveis, feridas sem cura,
Carregam o peso de uma dor tão obscura;

“É fraqueza”, dizem, “é falta de fé”,
Mas quem sofre calado, ninguém vê,
O estigma é um muro, frio e sem saída,
Que isola, que machuca, que aumenta a ferida;

Ansiedade, depressão, tantos nomes,
São batalhas internas, pesados e infames,
Não escolhem idade, cor ou condição financeira,
São ventos que sopram sem nenhuma fronteira;

E no meio do caos, a ignorância persiste,
Rotulando o sofrimento como algo que não existe,
“É frescura”, ecoa, num tom de desdém,
Como se a dor da alma não fosse de ninguém;

Mas a mente é complexa, um labirinto a explorar,
O caminho nunca é tranquilo e fácil de trilhar,
Quem nunca sentiu o peso de um dia sem luz,
Não pode medir a dor que o outro conduz;

O descrédito é cruel, uma pesada corrente,
Que nega o acolhimento, afasta e ofende,
“Procure ajuda”, ouvem, mas com medo do olhar,
Muitos se calam, preferem não falar;

E a culpa se instala, como sombra no chão,
Quem sofre se esconde, teme a rejeição,
Mas a saúde mental não é uma narrativa,
É direito de todos, é humano buscar a saída.

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