Fake de J.R. Guzzo
Anzol fisga o terrorista que quer fazer de Zé Dirceu boi de piranha
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emQuem joga fora das quatro linhas da Constituição deve ser investigado. Se a suspeita tiver procedência, deve ser julgado. E uma condenação, em havendo provas, será o veredito final. Isso vale para qualquer brasileiro. E em tempos de confusão nas redes sociais que visam uma convulsão social, é preciso agir rápido.
Independente do campo de atuação profissional, ideologia deve ser respeitada. Mas mesmo aí, liberdade de expressão tem limites. E mentir, como faz J.R. Guzzo, é crime. Diria até que hediondo. O que se escreve por maldade, má fé, malcaratismo, não se prescreve.
Bolsonarista doentio, extremista, J.R. Guzzo faz das suas palavras sujas uma arma que atinge o próprio pé. E seu ego começa a morrer. Não cabe dizer que ele cria e difunde fake news. Ele simplesmente mente. Não se questiona aqui o lado ideológico dele, mas a falsidade. Não se cobra isenção com a informação, mas a ética. E a ética, como a fonte, são os bens mais sagrados do jornalismo.
Querer fazer de José Dirceu boi de piranha, é gesto de desespero, de loucura. Em momento algum o nome do Velho Zé foi citado no depoimento do general Gonçalves Dias à Polícia Federal. Atribuir a um militante de esquerda do nível de Zé Dirceu a condição de mentor dos atos golpistas de 8 de janeiro é uma farsa repugnante.
O gesto de J.R. Guzzo é reflexo de que a horda bolsonarista está tomada pelo ódio e o desespero surge à medida em que se aproxima a CPMI. Quem tenta melar tudo, falsear a verdade, se borra nas calças. Não se pode querer jogar Zé na lama. O mesmo Zé engajado como militante leal e corajoso.
Zé Dirceu tem história. Não é uma página virada. Quando estudante de Direito na PUC paulista, participou de todos os movimentos que batiam de frente contra a ditadura militar. Não é por acaso que ele carrega o título de Presidente de Honra da UNE. Seu passado é de glória, seu presente é de guerreiro e seu futuro, histórico.
Nos anos de chumbo, enquanto muita gente vivia anos dourados, Zé Dirceu era perseguido e preso por organizar o 30º Congresso da UNE, em Ibiúna. Havia convergência entre todos os que resistiam ao golpe contra a democracia.
Embaixador sequestrado, Zé Dirceu solto. E lá vai ele, ao lado de outros companheiros militantes, para o exílio. Fez escala na cidade do México. De lá, Havana. Foi treinado. Inclusive no uso de panelas e condimentos. Zé aprendeu, portanto, mais um ofício. Cozinhar. E foi cozinhando em casa que fez muitas costuras políticas.
De volta ao Brasil para combater o regime de exceção e ajudar a restabelecer a ordem democrática, foi obrigado, por monitorado que era pelos milicos, a regressar a Cuba e submeter-se a uma cirurgia plástica. Irreconhecível fisicamente, voltou como uma sombra.
Novamente no Brasil se estabeleceu no Paraná como empresário. Vendeu jeans para a juventude do norte paranaense e ajudou os companheiros de resistência de forma velada.
Com a anistia, revelou sua identidade, desfez as cirurgias e iniciou sua vitoriosa carreira política. Fundou o PT ao lado de Lula e muitos intelectuais. A arma agora era o voto. E foi como presidente do partido da Estrela Vermelha que fez de Luiz Inácio presidente da República pela primeira vez.
Zé virou o ministro mais poderoso do governo instalado em janeiro de 2003. Mirou a corrupção enraizada por velhas raposas. Por querer limpar o galinheiro da politicagem que sangrava o erário, foi vítima de campanha difamatória. Retaliado, virou alvo da régua dos corruptos e corruptores.
Zé sofreu com a tese do direito torto dos adversários. Atribuiu-se a ele o domínio dos fatos apenas por ser superior hierárquico dos envolvidos. José Dirceu virou o primeiro petista condenado sem provas cabais.
Sem mandato e com sua carteira da OAB cassada, lutou de cabeça erguida contra as injustiças que a ele eram imputadas.
A história de José Dirceu não tem manchas. Será escrita em vermelho no quadro negro das salas de aula. As letras já mostram por a + b que no depoimento do general Gonçalves Dias à Polícia Federal não existe uma citação sequer ao nome de Zé.
Pseudos jornalistas como J.R Guzzo que propagam fake news, deverão responder pelas falsidades assacadas contra um ícone do Partido dos Trabalhadores, que permanece leal ao seu programa de defesa intransigente do povo.
É golpe baixo querer atribuir ao governo que luta para fazer do Brasil um país de todas as raças, credos e gêneros um ato terrorista. Autogolpe é pensamento de insanos. De criminosos. E quem reverbera essa estupidez sem pudor precisa ser responsabilizado e criminalizado.
Vale o que diz Zé Dirceu. Lutar é verbo gerúndio. Seguimos (nós com ele) na luta democrática e social. Afinal, a Terra é redonda. E gira.