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Povo heroico

Apesar dos “patriotas”, o sol da liberdade ainda brilha para brasileiros

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Autor/Imagem:
Mathuzalém Júnior - Foto Antônio Cruz/ABr

Gigante pela própria natureza, o Brasil de amor eterno realmente virou apenas símbolo para os que vivem fantasiados de “patriotas”. Um filho teu fardado já tentou fugir da luta de qualquer maneira, inclusive via Embaixada da Hungria. Também de coturnos, outros dois que ouviram o Grito do Ipiranga às margens plácidas não mediram esforços para conquistar o poder com braços fortes. Ó Pátria amada, desafiando o nosso peito a própria morte, milhares de “patriotas” se reuniram em teu formoso céu, risonho e límpido e, diante do lábaro que ostentas estrelado, quase nos tiraram a paz no futuro e a glória no passado.

Fomos salvos pelo brado retumbante e pelos raios fúlgidos que brilharam na pátria naquele instante. Aliado ao povo heroico, o braço e a clava forte, além do penhor dessa igualdade, permanecemos belo, forte, impávido e um colosso. Passado o temor daquele que dizia te adorar, faz um ano e seis meses que finalmente conseguimos vislumbrar o futuro que espelha esta grandeza. Hoje és a terra adorada. Sem medo do porvir, posso dizer ao mundo que, entre outras mil, és tu, Brasil, a minha pátria amada.

Dos filhos deste solo, principalmente daqueles que não fugiram ou que já quiseram solapar o cruzeiro que ainda resplandece, és a mãe gentil, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança para os que lutaram e lutarão sempre pela democracia. Florão da América, o Brasil de hoje é verdadeiramente iluminado ao sol do Novo Mundo. Sem o golpismo dos que se achavam acima da lei, os risonhos e lindos campos do país têm mais flores. Nossos bosques têm mais vida e, o que é melhor, nossas vidas mais amores.

Foram-se (ou estão indo) todos os que, deliberadamente ou a pedido de um mito qualquer, viviam enrolados no verde-louro desta flâmula. Se achando mais garridos do que a terra, viraram as costas para o lábaro que ostentas estrelado, pois achavam que, golpeando a nação, viveriam deitados eternamente em berço esplêndido. O melhor dos mundos ainda não foi alcançado, mas, por enquanto, perderam, manés. Venceram os Joões, Josés e Antônios. São os que te adoram e, por isso, não temem a própria morte.

Um dos símbolos nacionais do país, O Hino Nacional foi composto em 1909, mas acabou oficializado somente em 1922, durante as celebrações do centenário da Independência do Brasil. De autoria de Francisco Manuel da Silva e Joaquim Osório Duque-Estrada, o hino voltou a ser consagrado naquele domingo de 8 de janeiro de 2023, quando, graças à Justiça que se ergueu e ao sonho intenso da massa democrata, o sol da liberdade brilhou definitivamente na Praça dos Três Poderes. E brilhou ao som do mar e à luz do céu profundo do Cerrado.

Para encerrar o recado àqueles que, estulta ou estupidamente, confundem democratas ou esquerdistas com comunistas, recomendo a decupagem de uma recente entrevista à Bandnews TV do atual presidente do Superior Tribunal Militar, tenente-brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo. Se ainda tiverem tempo, aprendam de uma vez por todas que ser de esquerda é apenas desejar um Brasil melhor, mais solidário e perenemente democrata. É pensar no mais pobre, coisa que o eterno capitão de bravata jamais conseguiu ou conseguirá. Acordem e, se puderem, aproveitem a dica do brigadeiro e curtam nossos bosques, hoje com mais vida.

*Mathuzalém Júnior é jornalista profissional desde 1978

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