Após assembleia realizada na Central do Brasil, o grupo, com cerca de 200 garis, decidiu manter a greve. Nesta terça-feira, os manifestantes disseram que não vão retornar ao serviço enquanto a Prefeitura não aceitar as reivindicações por melhores condições de trabalho e salário exigidas pela categoria.
Durante a reunião, os presentes reclamaram bastante do acordo estabelecido entre sindicato e a Prefeitura. Há dez anos na Comlurb, Anderson Santos, 33, falou sobre o posicionamento do sindicato. “O presidente nem gari é. Tenho duas filhas e se não fosse minha mulher elas estariam passando fome. Trabalho quase todo domingo e não há gratificação. Não tenho vale compras e plano odontológico. Está cada vez pior. Não vou voltar!”, disse ele enfático.
O acordo firmado entre a categoria e a Comlurb garante 9% de aumento salarial para os cerca de 15 mil garis da cidade. Por lei, as duas partes tinham até o dia 31 de março para fechar um acordo, mas tendo em vista o movimento de um grupo de grevistas, a companhia e o sindicato aceleraram as negociações e definiram itens importantes da pauta de reivindicações.
Segundo o que ficou acordado, a partir de abril, um gari em início de carreira terá como piso salarial R$ 874,79 mais 40% de adicional de insalubridade, totalizando um vencimento de R$ 1.224,70. Além do aumento salarial, o acordo garantiu mais 1,68% dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal.
Além disso, o Acordo Coletivo também garante bônus de 100% na hora extra para quem trabalhar nos domingos e feriados, mantendo o direito à folga; plano odontológico para todos; ampliação do prêmio do seguro de vida -de R$ 6.300 mil para R$ 10 mil; aumento do vale-alimentação de R$ 12 para R$ 16; auxílio-creche para ambos os sexos e acordo de resultados possibilitando um 14º e 15º salário.