A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou nesta sexta-feira, 11, que o risco de propagação do vírus Ebola na República Democrática do Congo (RDC) é elevado, e alertou que está se preparando para o “pior”.
“Estamos muito preocupados e nos preparando para o pior dos cenários”, disse o diretor do programa de gestão de situações de emergência da OMS, Peter Salama, em uma entrevista coletiva em Genebra.
A OMS já registrou 32 casos de Ebola, incluindo 18 mortes, na República Democrática do Congo entre os dias 4 de abril e 9 de maio de 2018, na região de Bikoro, ao nordeste de Kinshasa, na fronteira com Congo-Brazzaville.
Três dos 32 casos (dois confirmados, 18 prováveis e 12 suspeitos) afetam funcionários da área de saúde, de acordo com Salama, situação que preocupa especialmente a OMS porque eles podem se tornar um fator “amplificador” da epidemia.
No fim de semana, o diretor também anunciou o início de uma ponte aérea com helicópteros para transportar material sanitário a esta região, que tem pouca infraestrutura. A OMS espera a autorização do governo da RDC para começar a distribuir uma vacina experimental contra o Ebola.
Embora a doença ainda pareça, no momento, limitada geograficamente, existe “um risco elevado a nível nacional”, afirma um boletim da organização, que enviou vários epidemiologistas à região. Oito países vizinhos da RDC permanecem em estado de alerta, segundo a OMS.