Grêmio e River Plate têm três títulos da Copa Libertadores cada e entraram em campo nesta terça-feira na Arena Grêmio, em Porto Alegre, para buscar a classificação pela sexta vez na história à final da competição. Quando tudo parecia que estava dando certo para o time gaúcho, que vencia por 1 a 0 até os 36 minutos do segundo tempo – mesmo placar do jogo em Buenos Aires -, o rival argentino achou forças para conseguir a virada por 2 a 1, com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês), e está na decisão pelos número de gols como visitante.
O adversário da decisão será conhecido nesta quarta-feira. Em São Paulo, o Palmeiras receberá o Boca Juniors e terá a missão de buscar uma boa vitória após ser derrotado por 2 a 0, em Buenos Aires. Os jogos das finais estão marcados pela Conmebol para serem disputados nos dias 7 e 28 de novembro.
Os mandos de campo da decisão são definidos com o desempenho das equipes na fase de grupos. Assim, o River Plate, que ficou com a quarta melhor campanha, fará o segundo jogo da final em casa se o adversário for o arquirrival Boca Juniors, que terminou em 14 º lugar. Mas terá desvantagem contra o Palmeiras, já que o time paulista foi o melhor naquela etapa da competição.
Em campo, o Grêmio sofreu bastante. Com uma postura mais defensiva nos primeiros minutos, o time gaúcho foi acuado da intermediária para trás e passou por alguns sustos na etapa inicial. O River Plate chegava com perigo principalmente pelo lado direito, buscando o centroavante Lucas Pratto (ex-São Paulo), e em duas oportunidades os chutes passaram raspando a trave de Marcelo Grohe.
No momento em que era pressionado, o Grêmio conseguiu o seu gol. Aos 35 minutos, Alisson bateu escanteio pelo lado direito, a bola bateu na defesa argentina e sobrou na entrada da área para Leonardo Gomes. O lateral-direito finalizou de primeira, a bola pega em Lucas Pratto e entrou no canto direito da meta defendida por Armani.
Consciente de que o resultado faria o River Plate se abrir para buscar gols, o Grêmio começou a ter espaços no segundo tempo para os contragolpes. E em um deles, o atacante Éverton, que havia entrado aos oito minutos, perdeu a chance de definir a classificação aos 21. Ficou cara a cara com Armani, mas chutou em cima do goleiro.
Aos 26 minutos, com menos de 30 segundos em campo ao entrar no lugar de Paulo Miranda, Bressan recebeu o amarelo ao se desentender com Pinola antes da cobrança de um escanteio. Mais tarde, já nos acréscimos, esse cartão faria diferença, mas antes o River Plate conseguiu o empate. Aos 36, Martínez levantou a bola na área e Borré desviou pouco antes da pequena área para as redes. A bola resvalou no seu braço, mas ninguém viu isso na hora e o VAR não foi acionado.
Na base da pressão, o River Plate foi todo para frente e foi recompensado. Aos 43 minutos, Borré arriscou um chute da entrada da área e a bola bateu em Bressan. Escanteio e nada de reclamação em campo. Mas o árbitro de vídeo, comandado pelo uruguaio Leodan González, chamou o compatriota Andrés Cunha e foi constatado que a bola bateu no braço esquerdo do zagueiro, que estava aberto. Pênalti e cartão vermelho para o gremista, que ficou inconformado e quase agrediu o juiz da partida.
Depois de quase 10 minutos de paralisação e muita reclamação, Gonzalo Martínez fez a cobrança do pênalti com perfeição, deslocando Marcelo Grohe para o lado direito e colocando a bola no canto esquerdo da meta gremista. Com mais cinco minutos de acréscimos, o Grêmio foi todo ao ataque, mas não conseguiu o gol salvador.