Os espaços da Rodoviária de Brasília que foram interditados devido ao rompimento de cabos de proteção de uma viga, em 10 de outubro, serão liberados até quarta-feira (7). O anúncio foi feito pelo presidente da Novacap, Júlio Menegotto junto com o diretor-geral do DFTrans, Marcos Tadeu.
Segundo Menegotto, a viga está com funcionamento superior às normas de segurança. “Achávamos que ela tinha 50 cabos de proteção na estrutura, mas tem 112. E o concreto está 20% acima da resistência mínima. Muito mais que o necessário.”
O dano ocorreu quando uma operadora de telefonia instalava antena de internet no local. No dia, a Novacap, o DFTrans e a Defesa Civil interditaram o espaço ao redor e retiraram os veículos da plataforma acima.
Em menos de 24 horas, os órgãos definiram que não havia perigo e liberaram o espaço inferior. O superior permaneceu interditado para diminuir a carga sustentada pela viga, enquanto os estudos necessários eram feitos.
Um engenheiro contratado pela empresa de telefonia apresentou um laudo técnico para a Novacap, que foi avaliado por uma equipe especializada da companhia.
Eles fizeram ensaios de concreto e pesquisaram a documentação da época da construção dos terminais rodoviários para constatar que a estrutura não apresenta risco à população, nem de colapso.
A Defesa Civil está de acordo com a liberação do estacionamento e das quatro linhas do BRT sustentados pela viga. Na segunda-feira (5), o laudo será encaminhado formalmente.
O diretor-geral do DFTrans especificou que, uma vez que o espaço superior esteja liberado, as linhas 620.1 e 0.620 de Planaltina; 220.2 de Santa Maria; e 230.2 do Gama voltarão a circular nas plataformas da Rodoviária como faziam antes do acidente.
De acordo com Menegotto, a recuperação da estrutura da viga é simples e deve ser rápida. “Ela fica pronta em, no máximo, uma semana. Basta preencher o rombo com um concreto altamente adensável chamado grout.”
Todas as despesas serão da empresa de telefonia que provocou o dano. Os órgãos públicos participam para supervisionar e garantir que o processo de recuperação seja seguro.
A empresa foi notificada pela Defesa Civil e caberá à Procuradoria-Geral do DF entrar com ação. “Isso vale de advertência para todas as empresas quando fizerem alterações em áreas públicas”, alertou Menegotto.