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‘Arme o coreto e faça feijão preto que tô voltando’

Corria sem muitos sorrisos o ano da graça de 1979. O presidente – o último do regime militar- era o general João Figueiredo. Discutia-se uma anistia ampla, geral e irrestrita. Os brasileiros exilados preparavam a volta para casa.

Foi justamente nessa época que os compositores Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós compuseram ‘Tô voltando‘ , um simbolismo da volta do homem, cansado de tantas viagens, para a cama da mulher amada.

Mas eram anos duros. E coube a Chico Buarque – marca registrada nos palcos de criticas à ditadura – transformar a música em sucesso. Tô Voltando, respeitada a simbiose exílio-retorno, virou hino da oposição. E os aeroportos, com o desembarque de centenas de exilados, viraram grandes alcovas.

Gravada e regravada por inúmeros intérpretes, a canção hoje é cantada como um novo símbolo – o da volta de Lula. Essa definição é atribuída ao próprio Chico Buarque, que postou nas redes sociais, logo após o Supremo ter anulado as condenações do ex-presidente, foto abraçado ao petista. O título da postagem? “Tô voltando“.

As urnas do próximo ano dirão se Lula volta mesmo. Enquanto isso, o lulismo, em festa, ecoa a consagração. A letra escrita pela dupla Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós pode ser lida a seguir; o vídeo com Simone cantando, foi reproduzido do Youtube.  Fazem parte da série Queremos nosso Brasil de Volta, iniciada no sábado, 24, por Notibras.

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor, vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar… pode se preparar porque eu tô voltando

Põe pra tocar na vitrola aquele som, estreia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu tô voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar…
Quero lá. lá. lá. ia…
Porque eu tô voltando!

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu tô voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor, vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar… pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu tô voltando

Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu tô voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar…
Quero lá, ra, ia lá, ra, ia lá, ra, ia
Porque eu tô voltando!
Lá, la, la la ia la, la, ia
Quero lá, ra, ia lá, ra, ia
Porque eu tô voltando!
Lá, la, la la ia la, la, ia
Quero lá, ra, ia lá, ra, ia
Porque eu tô voltando!
Lá, la, la la ia la, la, ia
Quero lá, ra, ia lá, ra, ia
Porque eu tô voltando!
Lá, la, la la ia la, la, ia
Quero lá, ra, ia lá, ra, ia
Porque eu tô voltando!

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