A defesa do candidato ao governo do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) recorreu nesta quarta 20 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão que rejeitou seu registro de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. O processo será relatado pela ministra Luciana Lóssio. Mesmo com a impugnação, Arruda pode fazer campanha normalmente.
Os advogados alegam que Arruda não está inelegível e deve ter o registro concedido. No dia 12 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) indeferiu a candidatura pelo fato dele ter sido condenado por improbidade administrativa pela segunda instância da Justiça, uma das condições de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa.
A defesa do candidato argumentou que a condenação ocorreu após o dia 5 de agosto, quando terminou o prazo para o pedido de registro de candidatura na Justiça Eleitoral e que, portanto, não poderia ser enquadrado pela lei.
No dia 9 de julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) condenou Arruda na ação referente à Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.
No início da noite, em entrevista ao DF-TV, da Rede Globo, Arruda disse que não teme sair do cargo no meio do mandato. “No caso do governo do Distrito Federal, foi um golpe, e só agora estou podendo mostrar as provas. Os vídeos eram anteriores ao meu governo e editados. As doações que recebi foram registradas na Justiça Eleitoral”, afirmou.
O candidato criticou os adversários que pedem a impugnação da sua candidatura. “A Lei da Ficha Limpa diz que as condições de inelegibilidade serão definidas no momento do registro. Meus adversários querem me tirar a qualquer custo”.
Arruda disse, ainda, que quer voltar ao governo para concluir as obras iniciadas quando foi governador do DF, entre 2007 e 2010. “O trecho da EPTG foi feito corretamente. Mas o governo que me sucedeu não teve competência para completar a obra”, disse.