Nos últimos anos tomei por hábito recolher-me cedo aos braços de Morfeu. Mal os pirilampos surgem na abóbada celeste, dirijo-me à cama, como galinhas ao galinheiro. E quando o galo, meu despertador natural, canta anunciando que o sol está prestes a surgir no horizonte, eis-me de pé.
Ligo o Notebook e vou preparar uma xícara de Nescafé. Depois, já exercitando os brônquios com largas tragadas de um Marlboro, navego em sites asiáticos, orientais e europeus. O passo seguinte, quando o astro-rei já despeja seus raios sobre a Terra, é tomar o celular nas mãos para ler e responder mensagens no WhatsApp.
Somente depois me debruço sobre nossos grandes sites. Já tendo um cenário geral do que acontece no Brasil e no mundo, traço pautas diferenciadas, pontuais, para nossos repórteres e colaboradores especiais. Começa, assim – como diz Mathuzalém Jr – mais um dia de labuta. Ou, lembrando Chico Buarque, em Cotidiano, todo dia ele (no caso eu, na primeira pessoa) faço tudo sempre igual.
Na sexta-feira, 19, não foi diferente, salvo por um número maior de mensagens no privado. Todas parabenizando pela passagem de mais um aniversário de nascimento. Algo que não gosto de comemorar, claro. Afinal, é a prova mais cabal de que a gente envelhece. Que me perdoem os filhos, os netos, os irmãos, os primos, as ex, os muitos amigos e até mesmo supostos desafetos, mas um Zap em particular fez aflorar meu lado emotivo, sempre escondido no canto mais obscuro do coração. Era assinado por Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB).
Ele acabara de regressar a Brasília após um curto período de férias. De minha parte, estava no meio de um auto-exílio de 60 dias, curtindo praias no litoral nordestino, traçando planos para a aposentadoria, já com o peso dos 72 anos nas costas. Paulo Henrique não é sisudo. Ao contrário, é uma pessoa afável. Mas é raro ver um sorriso estampado em seu rosto. Talvez – e mesmo assim comedido -, quando o Flamengo dele atropela o meu Vasco.
– Bom dia, Seabra! Feliz ano novo! Vc está em Brasília? Vamos sentar na próxima (semana) para falar sobre os passos que nos guiarão em 2024?
– Bom dia, presidente! Estou em Barra de São Miguel, apagando 72 velinhas hoje. Meu projeto é subir para ver, de dia, o Galo da Madrugada, e só então voltar a Brasília para abraçar amigos e despedir-me, confiando Notibras à geração que me irá suceder. Mas, se Vc entender necessário, volto antes. Aguardo sua orientação. Abraços fraternos.
– Parabéns! Feliz aniversário. Saúde, paz e realizações. Aproveite a praia. Vamos nos falar depois, então. Curta esse momento. Um forte abraço.
No intervalo desses cinco, seis dias (incluídos os últimos sábado e domingo), trocamos mais algumas mensagens. Na terça, 23, caminhando na vastidão da areia na praia das Conchas, com a maré baixa, despertou-me a ideia, alimentada há algum tempo, de trocar a condição de repórter pela de cronista. Transportei-me em pensamentos para Brasília, a ‘Capital da Esperança’. Alinhavei mentalmente algumas linhas. E as coloquei no papel ao fim da rotina descrita acima.
Vamos falar de renascimento. Em uma cidade que pulsa com a energia do progresso, um banco que, outrora glorioso, encontrava-se à beira da decadência. É o BRB – ou, como passo a definir carinhosamente, o Banco da Esperança -, que, conhecido por seus pilares de confiança e solidez, enfrentava tempos difíceis. As portas rangiam, as salas estavam vazias e o eco dos dias de glória reverberava nos corredores desertos.
Diante dessa triste realidade, uma força inesperada emergiu para mudar o destino da instituição financeira. Um CEO, originário da Caixa, que tem uma mente onde brotam flores como um oásis de conhecimento em meio ao deserto de oportunidades, viu a possibilidade de ressuscitar o outrora grandioso Banco de Brasília.
Atende pelo nome de Paulo Henrique Costa. Dedicado a oferecer serviços de qualidade, inovação e inclusão social, ele acreditava que a revitalização do banco não era apenas uma questão de finanças, mas uma questão de comunidade. Assim, em uma colaboração única entre educação e setor financeiro, deu início a uma notável jornada.
O primeiro passo foi envolver toda a equipe em projetos que desafiavam suas mentes criativas. Os gabinetes, as salas, os corredores, as agências, foram transformadas em oficinas de ideias, onde neurônios antes estacionários foram incentivados a se renovarem. Saíram daquela velha caixa cheirando a mofo e passaram a trabalhar em um mundo dinâmico. Propostas para revigorar o ‘Banco da Esperança’ surgiram de todos os cantos, e a mudança começou a brilhar nas mentes de quem acreditava em um novo futuro.
Com uma abordagem ousada, Paulo Henrique viu a equipe abraçar não apenas reestruturações financeiras, mas também iniciativas sociais. Programas de educação financeira foram lançados para empoderar a comunidade, tornando-a parte integrante do processo de recuperação. As portas do banco foram reabertas não apenas para transações típicas de uma instituição dessa natureza, mas também para eventos culturais, esportivos e de lazer.
A tecnologia também desempenhou um papel vital nessa jornada. Paulo Henrique trouxe consigo uma onda de inovação digital, transformando o BRB dele e o ‘meu’ Banco da Esperança em uma empresa moderna, capitalizada e com um grande universo a ser explorado. Os caixas eletrônicos foram substituídos por terminais inteligentes, e aplicativos móveis foram desenvolvidos para facilitar a interação com os clientes.
À medida em que o tempo passava, o renascimento do Banco de Brasília tornou-se uma inspiração para outras instituições em todo o país. A colaboração entre o CEO e o setor financeiro não era apenas uma história de sucesso, mas uma narrativa de resiliência, imaginação e renovação.
No final, o BRB não era apenas um símbolo de estabilidade financeira, mas uma fonte de inspiração para a sociedade. Transformou-se em um farol de esperança, lembrando a todos que, com criatividade e determinação, é possível transformar desafios em oportunidades e construir um futuro brilhante para todos.
A marca do BRB, antes asas estáticas, passou por uma discreta, sutil e quase imperceptível mudança. Agora mais verticalizadas, são asas de um jato, que voa alto e finca agências por esse Brasil continental. Lá na praia, descobri que o antigo banco regional é agora o banco não só dos brasilienses, mas do Centro Oeste, Sudeste e, que me desculpe o BNB, também o banco do Nordeste.
Estava devendo este Feliz 2024 ao presidente Paulo Henrique Costa. Tenho que o texto poderia ser melhor, mas admito que meus neurônios já não funcionam como os dele.