O procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, garante que o combate ao crime organizado é uma das prioridades da instituição, que tem investido recursos, em tecnologia avançada e na reestruturação e aparelhamento dos órgãos que compõem o Núcleo Criminal do MP paraibano. “Temos investido pesado na luta contra os crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro”, alerta o procurador, ressaltando: “Temos promotores de Justiça vocacionados em todos os níveis da instituição”.
Para Bertrand Asfora, o trabalho tem que ser eficiente e mais veloz, para que os resultados apareçam. “A resolutividade no combate ao crime é o mais importante, por isso estamos oficializando o nosso Laboratório de Lavagem de Dinheiro, que já vem funcionando desde o ano passado”, disse, ao discursar na solenidade realizada nesta segunda-feira, na sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), em João Pessoa, quando da oficialização da implantação do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), que teve a presença do coordenador da Rede Nacional de Laboratórios do Ministério da Justiça, Roberto Zaina.
O procurador-geral também falou da descentralização do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) como forma de fortalecer ainda mais a atuação do Núcleo Crimina do MPPB em todo o estado. “A grande vocação da nossa instituição é a investigação criminal. Por isso a necessidade de levarmos uma unidade do Gaeco e do Ncap para a segunda maior cidade do estado, Campina Grande”.
No último dia 30 de janeiro, o Colégio de Procuradores de Justiça do MPPB aprovou minuta de resolução que regionaliza a atuação do Ministério Público da Paraíba em matéria de repressão às organizações criminosas implantando o núcleo regional do Gaeco em Campina Grande. A regionalização do Ncap já havia sido aprovada no final do ano passado.
De acordo com a resolução aprovada, o núcleo do Gaeco em Campina Grande contará com pelo menos três promotores de Justiça com atribuições para investigação e propositura de medidas judiciais com vistas à repressão às organizações criminosas. Ainda segundo a resolução, o núcleo representa uma extensão do Gaeco e continuará sendo coordenado por ele. Em Campina Grande, haverá a função de subcoordenador que será designada pelo procurador-geral. Os membros do Gaeco, de acordo com a resolução, podem promover ação penal pública ou arquivamento de inquéritos policiais, postular medidas preparatórias e incidentais e instaurar procedimento investigatório criminal. Esses núcleos em Campina Grande serão inaugurados na próxima semana.