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Operação Calabar

Assassinatos na Baixada são queima de arquivo

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Fábio Grellet

A Polícia Civil do Rio suspeita que cinco assassinatos registrados na Baixada Fluminense nos últimos dois dias sejam “queimas de arquivo” relacionadas à Operação Calabar – que na última quinta-feira, dia 30, prendeu 85 pessoas, entre policiais e traficantes, acusados de participar de esquema de corrupção do Batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo.

No domingo, dia 2, três cadáveres foram encontrados dentro de um Renault Duster incendiado no Baldeador, bairro de Niterói que faz divisa com São Gonçalo. Um quarto corpo foi encontrado fora do carro, para onde teria sido lançado com a explosão do kit de gás do veículo. Todos os cadáveres estavam carbonizados, o que impediu até que fosse identificado o sexo de cada uma das vítimas. Segundo a Polícia Civil, dois corpos estavam no banco traseiro do veículo e o terceiro no porta-malas.

Nesta segunda-feira, 3, um jovem foi encontrado decapitado na Estrada do Coelho, na Vila Candoza, em São Gonçalo. Ele vestia apenas uma bermuda e sua cabeça estava a centímetros do corpo.

As mortes estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, sediada em Niterói. “Todos eles (foram mortos) de uma forma bem estranha. É cedo para falar se eles eram delatores ou informantes da PM, mas a gente trabalha com todas as hipóteses”, afirmou à TV Globo o delegado Marcus Amim.

PMs se entregam – Nesta segunda-feira, apresentaram-se à Polícia Civil sete policiais militares que atuavam no 7º Batalhão (São Gonçalo) e eram procurados desde sexta-feira. Seis foram à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em Niterói. O outro se entregou na Polinter, no Rio. Agora restam cinco policiais foragidos. Todos são acusados de receber propina de traficantes para permitir o tráfico de drogas.

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