Lin Taylor
Mais da metade das mulheres britânicas foram assediadas sexualmente no trabalho, segundo pesquisa publicada na quarta-feira (horário local), mas quase 80 por cento disse não ter relatado o incidente ao empregador.
Quase uma em cada cinco entrevistados no levantamento disse que o autor do assédio era seu supervisor direto, e cerca de 25 por cento afirmaram que não seriam levadas a sério ou que não acreditariam nelas se relatassem o assédio.
Mulheres jovens entre 18 e 24 anos de idade relataram um índice maior do que outras faixas etárias, com dois terços experimentando assédio sexual no trabalho, segundo a pesquisa do Trades Union Congress (TUC) e do grupo de defesa dos direitos das mulheres Everyday Sexism.
“Os números são chocantes e devem servir de alerta”, disse à Thomson Reuters Foundation Alice Hood, chefe de igualdade do TUC. “O assédio sexual ainda é um problema realmente grande para as mulheres no ambiente de trabalho. Certamente isso não acabou.”
Ela disse que muitas mulheres não relatam os incidentes porque ficam constrangidas, acham que não serão levadas a sério ou temem prejudicar perspectivas de carreira.
O assédio sexual pode incluir piadas e insinuações de conotação sexual, a circulação de pornografia, toques inapropriados ou avanços sexuais indesejados, segundo a pesquisa, que ouviu 1.533 mulheres ao redor do Reino Unido, com idades entre 18 e 65 anos.