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Assentados de Aroeiras aumentam renda produzindo tilápias

Trinta e três famílias do assentamento Cachoeira Grande, em Aroeiras, criam peixes como fonte de renda desde a instalação de um dessalinizador na comunidade. Além de ter maior segurança hídrica e econômica, a população agora bebe a água do rio Paraibinha, antes considerada imprópria para consumo.

A água salobra do rio possui salinidade intermediária, entre a água do mar e a água doce. Com o auxílio de uma bomba, a água abastece duas caixas d’água e segue para o dessalinizador, com filtros que retiram o sal. A água dessalinizada, pronta para o consumo humano, abastece um chafariz com três torneiras. Cada morador tem uma cota própria estipulada pela comunidade em 40 litros diários.

Já a água não tratada é também utilizada para o gado bovino e caprino e para o plantio irrigado por gotejamento da erva-sal. A planta forrageira é utilizada para o pasto. O rejeito, ou seja, a água que não é beneficiada no processo de dessalinização, segue para dois tanques de contenção, escavados no solo e forrados com lonas apropriadas. Neles são criados peixes tilápia, que rendem nas despescagens, realizadas sempre antes da Semana Santa, cerca de 700 quilos de pescado. Cada quilo de peixe é vendido por R$ 7.

A iniciativa para a mudança local se deu através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além da água filtrada pelo dessalinizador, as casas possuem cisternas de placas com capacidade para 16 mil litros cada.

A água dessalinizada abastece a creche e posto de saúde no assentamento e também outras 50 famílias de comunidades vizinhas. Os assentados compartilham a água dessalinizada com famílias de outras comunidades.

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