País no mudo
Ataque cibernético deixa venezuelanos sem telefonia móvel
Publicado
emPedro Nascimento, Edição
Sete dos mais de 13 milhões de usuários da operadora estatal venezuelana Movilnet ficaram sem serviço de telefonia móvel nesta quinta-feira (10) devido a supostos atos de sabotagem que o governo tachou de “terroristas”.
Em entrevista coletiva, o ministro de Educação Universitária, Ciência e Tecnologia, Hugbel Roa, denunciou que estas ações começaram na segunda-feira, quando um ataque cibernético ao servidor que administra a Comissão Nacional de Telecomunicações “interrompeu os funcionamento de sites de organismos públicos e empresas”.
Houve também “nove cortes na rede de fibra ótica” da empresa estatal de telecomunicações (CANTV), em vários estados e que afetaram a prestação de serviços em toda a Venezuela, segundo o ministro, que mostrou imagens dos cortes na rede de fibra ótica em vários pontos do país. De acordo com ele, esta sabotagem não tem precedentes na CANTV desde que a companhia foi nacionalizada pelo falecido presidente Hugo Chávez, em 2007.
As autoridades estão investigando o caso para estabelecer os responsáveis, e Roa afirma que os ataques foram efetuados em “colaboração com agentes estrangeiros” que têm a intenção de “iniciar uma nova escalada” de violência na Venezuela.
A onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro já dura mais de quatro meses e deixou mais de 120 mortos.