Ao menos 20 civis morreram na quarta-feira à noite em ataques aéreos da coalizão árabe contra um bairro da cidade portuária de Hodeida (oeste do Iêmen), controlada pelos rebeldes xiitas huthis, informou o governo iemenita.
Os ataques atingiram o bairro “Suq al-Hunud” e aconteceram poucas horas depois da celebração pelos huthis do segundo aniversário da tomada da capital iemenita, Sanaa.
O bairro foi atacado “provavelmente por engano”, admitiu uma fonte, que pediu anonimato, do governo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita.
Paralelamente, aviões da coalizão árabe atacaram uma residência presidencial em Hodeida, segundo a mesma fonte.
A agência Saba, controlada pelos rebeldes, informou uma série de ataques em Hodeida e mencionou civis mortos e feridos, mas sem divulgar um balanço preciso.
O diretor do hospital Al-Thawra, Khaled Suhail, informou que apenas este centro médico recebeu 12 mortos e 30 feridos.
Desde o início da intervenção no Iêmen em março 2015, a coalizão árabe sob comando saudita é acusada com frequência por organizações de defesa dos direitos humanos de cometer “erros”.
O conflito provocou mais de 6.600 mortes, quase metade de civis, segundo a ONU.
A coalizão árabe começou a atuar no Iêmen para apoiar as forças do presidente Hadi. Os rebeldes huthis são acusados de vínculos com o Irã. Eles assumiram o controle de Sanaa em 21 de setembro de 2014 e depois avançaram para outras regiões do país.
Atualmente, as forças leais a Hadi estão concentradas principalmente no sul e têm dificuldades para reconquistar as áreas do norte do país.