Uma pequena unidade médica administrada pela organização Médicos Sem Fronteiras na província de Saada, no Iêmen, foi destruída por dois ataques aéreos, mas não houve vítimas, disse o chefe do grupo de ajuda humanitária no Iêmen, Hassan Boucenine, nesta terça-feira.
O primeiro ataque ocorreu perto das 23h (no horário local e 4h no horário de Brasília) de segunda-feira e atingiu um prédio que abriga os escritórios de administração da instalação, segundo informou Boucenine. Ninguém estava dentro do local no momento, disse ele.
O segundo ataque atingiu o principal prédio vizinho, cerca de 10 minutos mais tarde, e as 12 pessoas que estavam no local – entre funcionários e pacientes – foram retiradas. “O prédio foi completamente destruído”, disse Boucenine.
Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA tem lançando ataques aéreos contra os rebeldes xiitas do Iêmen, também conhecidos como houthis, e seus aliados desde março. A cidade de Saada, a fortaleza dos houthis, tem enfrentado um bombardeio intenso diariamente.
Este foi o segundo ataque deste mês a uma instalação do Médicos sem Fronteiras. Em 3 de outubro, helicópteros norte-americanos bombardearam um hospital da organização na cidade de Kunduz, no Afeganistão, matando pelo menos 13 funcionários e 10 pacientes, além de deixar outros feridos. Na época, as forças dos EUA no Afeganistão disseram que o hospital foi bombardeado por engano após forças afegãs solicitarem um ataque aéreo.