A trajetória
Até já, Rio. Vou dar uma chegada aos States
Publicado
emNair Assad
Do berço nascido no Rio, para os Estados Unidos. A volta, com a adolescência fervilhando em Brasília.
Os amigos, as bandas, o sucesso, a famosa Roconha (quem viveu em Brasília sabe a tradução…).
De Brasília, a volta ao Rio, para se fazer cidadão do mundo. Essa foi a trajetória de Renato Russo, que deixou um legado e uma legião de fãs que não se mede em números.
Juventude (1960-1977)
Nascido em março de 1960, no Rio, Renato mudou-se com a família para os EUA com 7 anos. Passou duas temporadas antes de voltar para a Ilha do Governador. Em 1973, monta base em Brasília.
Aborto Elétrico (1978-1982)
A simpatia pelo movimento punk acabou unindo o então baixista e compositor Renato e o baterista Fê Lemos. Entre idas e vindas de integrantes, a banda fez hinos como “Que país é esse?”.
Legião Urbana (1982-1996)
Uma discussão entre os fundadores deu fim ao Aborto. Renato então se juntou a Marcelo Bonfá e, depois, a Dado e Renato Rocha. Em 15 anos, a banda se tornou uma das maiores do país e lançou oito discos.
Doença (1989)
Em meio ao fenômeno de popularidade da Legião, logo após a banda lançar um de seus mais aclamados álbuns (o “As quatro estações”), Renato descobriu que contraiu Aids.
Carreira solo (1994)
“The Stonewall Celebration Concert” marca o primeiro de quatro discos solo que seriam atrelados a Renato. Gravado em homenagem aos 25 anos da Rebelião de Stonewall, protesto LGBT em Nova York, é todo cantado em inglês.
Morte (1996)
Em outubro, o Brasil se despedia de Renato. Ele nunca assumiu a doença, a ponto de sua mãe só tomar conhecimento ao perdê-lo. Poucos dias depois, a Legião anunciou o fim de suas atividades.
Lançamentos póstumos (1997)
Após sua morte, dois discos inéditos de Renato foram lançados — como “O último solo”, de 1997, e “O trovador solitário”, de 2008. Este, que leva seu apelido, traz gravações caseiras feitas em 1982.