Até onde há fidelidade em nossos parlamentares?

Fidelidade partidária é igual à fidelidade conjugal. No começo é fácil. Com o tempo, não há como escapar da olhadinha no vizinho.

São 29 partidos. Cada qual com seu peso.

Há de se pensar que a escolha partidária se deva a compromissos com programas de governo. Ledo engano. Já vi governos que assumem sem programa.

Ainda bem que o país caminha mesmo no caos; independente de ministros e políticos. Caso contrário, não seríamos uma nação.

Pensem. 29 partidos!

Quais os objetivos efetivos dessa quantidade? Qual o impacto no orçamento e na gestão desses esfacelados?
Todavia, existe um determinado partido que é aclamado como Centrão.

O que significa?

Uma mistura de interesses que se perpetuam, sejam de aliados ou de oposição.

São àqueles que se dizem conciliadores.

Quando sopra a brisa na maré calma, navegam amistosos, quando a ventania bate, e as ondas se agitam, cobram pela segurança, contudo quando o temporal se faz presente e ameaça a embarcação. Sabem que se ermanecerem… Afogar-se-ão.

Os 29 partidos. O povo nem os conhece.

Tem gente que ingressa para fazer número, nunca subiu em uma tribuna. Outros se aventuraram e dá vontade de chorar ao ouvi-los massacrando a língua pátria.

E tem os oradores. Impactantes. Vozes firmes, punhos ao ar com tamanha veemência que até conseguem levantar aplausos.

Verdadeiros artistas em palco nacional.

Para que servem 29 partidos políticos?

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Hannah Carpeso é colaboradora permanente do Café Literário de Notibras e eventualmente manifesta opinião sobre o quadro político do País.