Pele saudável
Atenção mamães, que o Inverno vem aí trazendo dermatites
Publicado
emCarolina Paiva, Edição
A proximidade do inverno traz à tona a preocupação com um distúrbio que aflige milhões de brasileiros, principalmente as crianças: a dermatite atópica, doença inflamatória crônica da pele caracterizada por lesões avermelhadas que coçam muito, podem descamar e interferir na qualidade de vida de seus portadores.
A dermatite atópica é uma doença que causa um defeito na barreira da pele, tornando-a mais predisposta ao ressecamento e à irritação. As lesões podem ser tão severas que acabam por gerar, além do desconforto causado pela coceira, consequências psicológicas e sociais tanto para a pessoa afetada quanto para toda a sua família.
Muitos pacientes relatam sofrer preconceito devido aos estigmas pelo aspecto da pele, além da perda de qualidade de vida pela precariedade do sono e da concentração no estudo e no trabalho.
Segundo a médica dermatologista Camila Sharf, a maioria dos casos inicia na infância e tende a melhorar com o passar dos anos. “No entanto, como não existe uma cura definitiva, a informação e o tratamento constante são os melhores remédios”, assegura.
A chave para o controle da dermatite atópica é evitar ou reduzir a exposição aos fatores desencadeantes bem como tratar as crises, lembrando de alguns cuidados contínuos para evitar novos surtos.
Entre eles está o uso diário de cremes hidratantes, procurar tomar banhos de mornos para frio usando sabonete neutro, não fazer uso de buchas ou esfregar a pele vigorosamente, ato que agride e resseca mais a pele, usar roupas leves, de preferência de algodão, evitando tecidos sintéticos, manter as unhas curtas, evitar usar sabões em pó e amaciantes em grande quantidade (fazer até dois enxágues da roupa) e praticar exercícios que reduzam o estresse.
O diagnóstico da doença – que não é contagiosa – é exclusivamente clínico e deve ser feito por um dermatologista capacitado. “A partir dessa avaliação, o paciente será orientado quanto ao tratamento, que pode variar de acordo com a gravidade, desde cremes e pomadas até comprimidos e injeções”, explica Camila.
“O tratamento proporciona uma mudança radical na vida de quem sofre com a dermatite atópica, por isso a importância de detectar e tratar o quanto antes”, conclui a dermatologista.