Ao menos dois estudantes morreram e mais de 10 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (23) quando um adolescente abriu fogo em uma escola no estado de Kentucky, no mais recente caso do tipo nos Estados Unidos.
Um aluno de 15 anos foi detido por supostamente orquestrar o ataque na Marshall County High School, na pequena cidade de Benton. Os dois estudantes, também de 15 anos, morreram pelas feridas de bala, explicou em coletiva de imprensa o governador Matt Bevin.
Doze pessoas também foram atingidas e cinco sofreram outro tipo de lesão durante o ataque. O suspeito foi detido “sem violência” e “será acusado de assassinato e tentativa de assassinato”, assinalou.
Um dos estudantes morreu na ação e outro ao chegar no hospital, onde outras cinco pessoas se encontram internadas “em estado crítico”, disse o chefe de polícia do Kentucky, Rick Sanders
Sanders contou que o ataque começou quando a escola dava início a suas atividades matinais. “O incidente começou às 07h57 (11h57 de Brasília), quando um aluno de 15 anos armado com uma pistola entrou na escola e começou a atirar”, assinalou.
Às 08h06 chegaram os primeiros-socorros, após receberem uma ligação de emergência. A Polícia do estado esteve há pouco tempo na área “ensinando alunos e professores a responder a um ataque a tiros e todos na escola reagiram de maneira apropriada”, declarou.
A cicatriz dos ataques a tiros – O chefe da Polícia revelou que na hora do ataque havia um agente encarregado da segurança na escola, mas não deu detalhes de sua atuação durante o caso.
Os alunos fugiram quando escutaram os disparos, segundo o jornal The Marshall County Tribune-Courier, e se abrigaram em uma escola próxima onde seus pais puderam buscá-los.
“É uma grande tragédia”, manifestou o governador em comunicado antes da coletiva de imprensa. “É incrível que isso ocorra em uma pequena comunidade como o colégio Marshall County”.
De acordo com Everytown for Gun Safety, uma ONG que tenta reduzir a violência armada, o último ataque a tiros no Kentucky ocorreu em setembro de 2014, quando um estudante feriu outro com um tiro em um corredor da Fern Creek High School, em Louisville.
Os Estados Unidos sofrem constantemente com ataques a tiros. Nos últimos meses o país sofreu dois dos mais violentos de sua história.
Em outubro de 2017, um homem abriu fogo de um hotel de Las Vegas matando 58 pessoas e ferindo mais de 100 que participavam de um festival de música country.
No mês seguinte, um homem assassinou 26 pessoas, incluindo um recém-nascido, em uma igreja no Texas.
Esta cicatriz abre vez e outra o debate sobre o controle de armas.
A maioria dos congressistas democratas defende um endurecimento das leis para reduzir o número de assassinatos, enquanto os republicanos – apoiados pela poderosa Associação Nacional do Rifle – se opõem à implementação de restrições, alegando que os cidadãos podem se proteger melhor com armas da violência armada.