Depois de entregarem ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ativistas provocaram tumulto no Salão Verde da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (28). Com a confusão, eles tiveram de ser retirados pela segurança da Casa. Os manifesrtantes interromperam uma entrevista de deputados petistas, os hostilizaram e se desentenderam também com jornalistas que trabalhavam no local.
Sem as credenciais que todo jornalista é obrigado a usar para circular pela Câmara, um homem com uma câmera e um jovem com um microfone em que se lia “Fora Dilma e leve o PT junto” abordavam deputados petistas que concediam entrevistas ao longo da tarde, sem serem incomodados pela segurança da Casa. Ao deputado Henrique Fontana (PT-RS), o jovem gritou “o PT é surdo”.
No final da tarde, quando um grupo de deputados concedia entrevista a vários jornalistas, a dupla voltou a atuar e tentou abordar a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Sem conseguir, começaram a questionar de maneira incisiva o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
“Ele está impedindo o povo de falar com a deputada. É assim que o PT faz? O senhor foge da verdade? Eu não sou como o senhor e eu não sou como os seus companheiros do PT. O PT sempre foge da verdade”, afirmou o jovem, que disse ter sido chutado no tornozelo. O bate-boca interrompeu a entrevista e começou um tumulto. A polícia legislativa só atuou depois de alguns minutos de confusão. Os ativistas também bateram boca com jornalistas.
Sob gritos de “fora” e “fascistas”, os dois homens foram retirados pelos seguranças. Um deles foi levado ao Departamento de Polícia Legislativa. Outros ativistas continuaram no Salão Verde. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi ao local para garantir que eles não fossem retirados.