Os atletas australianos que desembarcarão no Rio de Janeiro para a disputa das Olimpíadas, no início de agosto, ganharão uma espécie de cartilha, orientando o que pode e, principalmente, o que não pode fazer na cidade. Entre as proibições estão os passeios em comunidades carentes. O chefe da delegação, Kitty Chiller, em entrevista para a imprensa local, também lembrou do assassinato da turista argentina, semana passada, em Copacabana.
“Nós não queremos ser um Big Brother, não queremos atletas trancados em seus quartos, mas temos um dever de cuidar deles. Mas algumas áreas serão banidas. Nós não estamos permitindo que qualquer pessoa para entrar nas favelas”, disse Chiller, ao Herald Sun.
Ainda no quesito segurança, o dirigente pedirá que os atletas estejam “preparados” caso sejam abordados por algum assaltante na cidade. “As mulheres nunca devem deixar a Vila Olímpica por conta própria e sempre devem ter uma nota de dez dólares em seu bolso para você poder entregar”, afirma.
O Vírus Zika também é uma preocupação dos australianos. Por conta da ameaça da microcefalia, Kitty Chiller afirmou que as atletas que pretendem engravidar logo após os Jogos, poderão desistir da vinda ao Rio de Janeiro.
“Nós nunca vamos forçar ninguém a ir para os Jogos. Se alguém tomar essa decisão, nós, obviamente, vamos respeitar isso”, finaliza.