Ato contra a Copa tem depredação, pouca gente e muita polícia
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emO protesto contra a Copa do Mundo nesta quinta-feira em São Paulo começou de forma pacífica, quando cerca de 1,5 mil manifestantes deixaram o largo da Batata por volta das 19h. Quando o grupo alcançou a avenida Paulista, a fachada de uma agência do Banco do Brasil. Houve correria, e a PM – que levou 2 mil 300 militares para a rua – tentou cercar um grupo de manifestantes, sem sucesso.
Os manifestantes quebraram uma porta e dois vidros laterais da agência bancária. Os PMs fizeram um cerco para tentar proteger as outras agências que ficam no local. Policiais fizeram duas barreiras para manter os manifestantes junto ao vão livre do Masp. Alguns conseguiram correr para uma lanchonete, que começou a ser fechada.
Um rapaz foi preso na avenida Rebouças portando um estilingue e esferas de aço. Ele foi levado por uma viatura da polícia para o 14º DP (Pinheiros). A PM informou ainda que um adolescente foi apreendido por depredar o interior da estação Faria Lima. No total, cinco pessoas foram detidas durante a manifestação.
Ao deixarem a avenida Paulista, os manifestantes chegaram ao metrô Paraíso, que foi fechado. Quando a marcha entrou pela rua Vergueiro, houve correria. Manifestantes foram em direção a uma caçamba, mas a PM bloqueou o grupo. A polícia tentou enquadrar algumas pessoas, mas elas foram todas liberadas.
O tenente-coronel Eduardo Almeida, comandante da operação, justificou o grande número de PMs no protesto em função de haver muitos bancos e concessionárias de veículos na região. Manifestantes foram revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata.
Advogados questionaram o fato de um pelotão inteiro estar sem identificação, prática vedada pelo estatuto da PM e passível de sanção disciplinar. Um coronel explicou que os policiais não estão identificados pois não teria dado tempo de confeccionar a identificação. Ao serem notados, alguns PMs se retiraram provisoriamente do local.