Olha a urna
Ato contra Temer em SP vira palanque eleitoral
Publicado
emMarta Nobre, Edição
O ato contra o presidente Michel Temer neste domingo, 11, na capital paulista, teve ares de comício político. Os três principais candidatos à prefeitura de São Paulo (Celso Russomano, Marta Suplicy e João Dória Jr, todos da base do Palácio do Planalto) não apareceram. Mas Luiza Erundina e Fernando Haddad foram aplaudidos por pouco mais de 15 mil pessoas, segundo estimativas da PM, ou 50 mil, segundo os organizadores.
O novo ‘palanque móvel’ aconteceu a 20 dias do primeiro turno das eleições municipais. A manifestação contou com militantes de PT, PSOL, PSTU e PCO, alguns deles com bandeiras dos partidos e das campanhas. Entre os políticos, Ivan Valente; o presidente do PT, Rui Falcão; o ex-senador e candidato a vereador em São Paulo, Eduardo Suplicy e os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
“São Paulo vai protagonizar a saída para aos vários problemas criados por este governo golpista”, disse Erundina, sob aplausos. “Não vamos sair das ruas até cair o último golpista deste país. Amanhã vai cair o [Eduardo] Cunha, pode começar a chorar”, afirmou, numa referência à votação, nesta segunda, 12, do processo de cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Haddad passou pela Paulista pouco antes das 17 horas, para dizer que o povo precisa “defender os direitos sociais previstos na Constituição”. Ao discursar, Haddad, que tenta a reeleição, começou com “Primeiramente…”, ao que o público respondeu com “fora, Temer”.
“E segunda?”, perguntou Haddad, para ouvir, em resposta, “fora, Cunha”. “O que está em jogo são as conquistas de 1988. Estamos lutando por um Brasil democrático. Não vamos sair das ruas enquanto nossos direitos estiverem sendo ameaçados”, disse o prefeito.
“A pressão das ruas tem que ser seguida por uma pressão do voto. É preciso derrotar os candidatos golpistas. Aqui em São Paulo, os três que lideram as pesquisas são da turma do Temer”, disse Rui Falcão, sem citar nomes.